quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Luto


E ao despertar com uma ligação, o que eu temia veio ao meu encontro. A voz da minha mãe ainda ecoa em meus ouvidos: “Filha, ela se foi. Nós estávamos ao lado dela, mas ela simplesmente foi se apagando como uma vela...”

Dói, dói muito...

Mas por mais que eu tente, não existem palavras, línguas, gestos ou mesmo pensamentos que possam expressar a dor da perda. Ela é tão profundamente dolorida e fere a alma de tal forma, que nos faz perder a definição e a expressão do que sentimos. Os sentidos perdem a razão de ser. Aí então, robotizamos o corpo e caminhamos, perdidos e anestesiados de lá prá cá, de cá prá lá, desnorteados, confundidos, atordoados e completamente perdidos de nós mesmos. Esquecidos de tudo e de todos, menos da dor que rasga, dói e arranha o coração até o sangue jorrar em lágrimas e gritos inaudíveis (Adaptação do texto de Maria, publicado no Recanto das letras).

Não posso medir a intensidade dessa dor, mas sei que é pesada demais e impossível de carregar solitariamente.

Descanse em paz tia.

Termino dizendo que definitivamente, este não é o assunto dos sonhos pra minha 1ª postagem.